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segunda-feira, 10 de agosto de 2020

O luto e sua interferência social

 O luto é um processo inevitável, e esse rompimento de vínculo, logo atrelado ao sentimento de perda desencadeia vários sintomas e que nem sempre tem um desfecho saudável.

"Luto está relacionado a investimento afetivo. Quanto maior o vínculo, maior o processo de luto. Não temos como mensurar sentimentos, cada um sente de uma forma, não é um processo linear", afirma Natalia Novaes Pavani Soler, psicóloga do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

 

Embora o sentimento de luto esteja associado a ideia de morte, o sentimento de luto também se parece com o de quando perdemos algo. A quebra com o vínculo e irrecuperabilidade deste geram emoções que demandarão tempo para restabelecer a normalidade ou não. E em muitos casos o luto acaba virando uma patologia.

Sendo assim já é possível deduzir que existem vários tipos de luto, mas aqui me atentarei a resumir dois: o luto natural e o luto patológico.

No “Luto Normal” há todo o processo de sofrimento, afinal se quebrou um forte vínculo emocional. E nesse momento o turbilhão de imagens das coisas vividas com a pessoa ficam repassando o tempo todo como um filme em nossa memória, ao mesmo tempo que o sentimento de perda, da não possibilidade de dividir momentos com a pessoa geram uma grande melancolia.

No entanto com o passar do tempo as feridas vão cicatrizando, pois houve a aceitação do luto, o entendimento que embora o sentimento de perda exista e a dor inegável, a morte é um processo natural e que de tão inevitável não há o que fazer senão continuar a viver, “continuar a nadar”. Sendo assim as rotinas vão se recuperando, a vida social se restabelece e a melancolia vai se esvaindo.

 

Mas por outro lado quando se nega esse sentimento de perda e a sua dor, surge o “Luto Patológico”, “no luto negado, o “enlutado” – pessoa que carrega o sentimento da perda – não dá vazão ao processo, bloqueando-o e agindo como se nada tivesse acontecido, negando todos os sinais de sofrimento e dor.”

Então nesse caso as coisas ficam bem mais severas, pois a perda nunca é superada. Os ciclos sociais não são restabelecidos e a pessoa enlutada não aceita a perda do vínculo, se fechando para o mundo e vivendo aquela sensação de memórias e dores por muito mais tempo. Esse sentimento se assemelha muito a depressão, sendo inclusive necessário o acompanhamento profissional de um psicólogo quando não se fecha esse ciclo.

Não há um tempo estabelecido de luto, nem de reação, cada pessoa tem sua maneira e seu tempo de superação e de restabelecimento da normalidade, mas em média após os primeiros dois meses as coisas começam a serem ressignificadas e passado o primeiro ano, que geralmente é o mais difícil o enlutado terá com certeza um domínio bem mais racional sobre este sentimento. Mas lembre-se o luto é doloroso e o ciclo social deve ser presente, compartilhando momentos, dando conforto, realmente não há o que dizer, não há frase de efeito que conforte, mas o abraço amigo e a constância na vida da pessoa após a perda serão de extrema importância para o restabelecimento da rotina.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Referências:

https://www.youtube.com/watch?v=gQqut-tgBck

https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/luto-artigo-2/

https://istoe.com.br/186527_O+IMPACTO+DO+LUTO/

https://www.awebic.com/reagir-grito/#:~:text=%C3%89%20importante%20entender%20porque%20algu%C3%A9m,for%C3%A7a%20e%20dom%C3%ADnio%20da%20situa%C3%A7%C3%A3o.

http://gazetaweb.globo.com/portal/noticia-old.php?c=190966&e=#:~:text=De%20acordo%20com%20o%20especialista,chega%20a%20um%20t%C3%A9rmino%20satisfat%C3%B3rio.

https://www.psicologiasdobrasil.com.br/tipos-de-luto-sim-existe-mais-de-um/

https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/01/14/luto-nao-ocorre-so-em-casos-de-morte-veja-como-lidar-com-perdas.htm

segunda-feira, 29 de julho de 2019

O mundo mudou!

Uma vez estava sentado no banco da praça e não conseguia separar mais o que era realidade e fantasia. Pensamentos confusos vinham a minha cabeça e percebi que o cansaço me levava a alucinações, alucinações provocadas pelo excesso de pessoas que insistiam em mergulhar suas ideias em conhecimentos rasos.
Aquilo vinha gerando um grande sentimento confuso em minha mente, não sabia se naqueles instantes as pessoas estavam erradas ou se era eu que estava!  Estava confuso em minhas ideias, tudo era tão intenso, tão rápido... fui atingido por uma "brainstorm", a mais forte de todas... fui obrigado a refletir sobre verdades que estavam ancoradas por toda a vida... e agora o que é a verdade?
Será que estou ficando louco, cada vez mais me perdia em minhas invenções. Qual era a realidade verdadeira? Mas eu não era louco! Essa era uma certeza!
Percebi que já havia horas que eu tentava descobrir o que realmente estava acontecendo, não só com as pessoas ao meu redor, mas com o mundo. As relações estão cada vez mais frias, as coisas cada vez mais mecânicas e dependentes do dinheiro. Percebo que o mundo está se tornando um ambiente tóxico.
As verdadeiras amizades e os verdadeiros amores estavam entrando em extinção, as relações ficavam cada vezes mais rasas. E além disso as pessoas tomavam por verdade absoluta aquilo que queriam, mesmo que a informação não seja verídica.
Eu não estava triste, entendia o ser humano... desde os primórdios sempre deixamos um rastro de destruição por onde passamos, mas sonhava em meus delírios a doce possibilidade de um mundo melhor... tipo aqueles filmes românticos em que tudo dá certo no fim!
Mesmo que fosse um trajeto difícil, a minha ingenuidade fazia com que eu acreditasse que o mundo mudaria, de uma forma ou de outra! Nada mudou, nem eu!
Percebi que a mudança teria que ser coletiva. Tentaria de alguma forma conseguir apoio, mesmo que o individualismo da sociedade contemporânea acelerada e sintética me atrapalhasse a todo tempo! Mas sempre dizem que a mudança começa com a gente, verdade! Mas se isso não pertence a um coletivo maior de nada servirá. De que adianta eu plantar uma árvore no fim da rua e todo esgoto da rua desaguar nas suas raízes?
Negamos sempre a realidade... não pense que estou envolto em tristeza e melancolia, mas é o encarar do espelho, a realidade nua e crua, afinal ninguém baterá tão forte quanto a vida! Tentamos ter o tempo todo pensamentos positivos acerca do nosso mundo! Mas, fica cada vez mais difícil, melancolia não, realidade! Realidades...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O que se pensa, não, é.

A história comprova-me que o novo é velho...

E as marcas de sangue espalhadas no chão não secaram

Nada de tão novo que se esqueça da velha exploração.

Nos meus momentos mais egoístas olho-me como o todo

Mais nas minhas as avessas, vejo as disparidade... E silencioso me submeto!

Olho a menina que ainda chupa bico a chupar outra coisa.

E aquele senhor morrendo de dor dente...

Dos poucos dentes que ainda restam.

A menina que já é mãe, filho este do próprio pai.

No meu Corolla prata vejo o suor escaldante que desce no rosto da prostituta.

Submissa... Finge gemidos como uma perfeita atriz. É medo da fome!

O menino morre no hospital pois o médico foi almoçar.

O que se pensa não se faz, ninguém pode mais.

E os negros e negras em um navio negreiro naufragam.

No mais alto grau está um ser burgues, branco, e sem noção.

Não importa a história, razão, filosofia ou ciência.

O que importa é a minha onisciência dos fatos tristes.

Só mim interessam os lucros.

Não me distancio da realidade, nem me posiciono como vítima nem acrítico fico.

Apenas temo ser aquilo que vejo fora dos meus metais.


[Gilmar Castilho]

domingo, 17 de abril de 2011

Per-ce-pção

Em câmera lenta vejo as coisas

Coisas tais, da qual desconheço a origem

Em dubiedade a percepção.

Uma casa de praia, uma piscina

Deitado ao ar, fecho e abro os olhos

Olhando o céu florido de estrelas

Tem sempre um pássaro negro a me olhar.

Uma conversa socialista...

Em uma casa de dois milhões de reais

Carros luxuosos... E uma conversa socialista.

E em dubiedade a percepção.

Anti moralismos, igualdade racial, sexual e etcetera.

Em parte parece a descrição da constituição.

E o luxo no meio da discussão.

Minha mente ensandecida se interroga

É realidade ou ilusão?

[Gilmar Castilho]

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Acreditar?

Lembro que quando pequeno me perguntava se realmente vivia ou se tudo que vivia era apenas um sonho dentro de um sonho maior... Saber o que é a verdade o que a mentira, o que é a realidade e o que é irreal sempre fizeram parte da minha evolução corporal humana.
Às vezes me sinto como um personagem de uma grande peça de teatro, personagem fadado a cumprir um ‘script’ por toda a realidade ou pelo menos uma pseudo realidade, a diferença é que nem sempre os bons vencem no final. Se é que existe bondade, platonicamente falando, ou esta está permeada de interesses que a tiram a pureza.
Saber de onde vim embrionariamente falando e pra onde vou, se é que vim e vou pra algum lugar. Sou meio indeciso com relação a estabelecer verdades e a acreditar em certas concepções, e muitas vezes sabendo que é verdade (teoricamente) ainda assim não acredito. Leio teóricos, vejo filmes, uso internet, vejo pessoas, assisto debates, leio jornais, revistas, playboy etc. No entanto estou sempre a me perguntar se aquilo é verdade! É verdade?
Olho pro céu cheio de estrelas, olho pra minha barriga gorda e cheia de pêlos, olho pros mendigos cheios de fome, os meninos cheios de vermes, os rios cheios de esgotos, o ar cheio de poluição... Tá tudo cheio! Só me faltam respostas. Há respostas?
Deus, Alá, Maomé, Rá, Viracocha, Gucumatz, Apolo, Erlang Shen, Iemanjá... São tantos que poderia escrever um livro só de nomes de deuses. No entanto fico a me retorcer pra tentar entender se há respostas através deles.
Vejo que esse envelhecimento datado e chamado de amadurecimento não retirou muitas dúvidas da minha infância, tenho medo de acreditar no que se diz verdade e totalmente desacredito das teorias, afinal são tantas, qual a mais viável qual a mais “real”? Sei lá, dizem academicamente que o senso comum não possui validade na intelectualidade, mais o que é o intelecto? Não sei se o conhecimento esclarece o homem ou o escraviza a si? Mais na verdade o que é a verdade? Há verdade? Pra que ela serve? Nem sempre o que se serve é o melhor banquete.

“... Na verdade é que não há verdade...” (Matanza).
“Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas. (Friedrich Nietzsche).


[Gilmar Castilho]

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Pensamentos

Penso no que penso...

E penso que não penso nada.

Se o pensamento pensa tenso.

Pretensioso penso alto!

Se pensativo penso pouco.

Penso louco, ativo o passo.

Meus passos ao paço pensam rouco.

Logo paro, penso... Rouco falo:

“Parado penso a mente... Calado”

[Gilmar Castilho]

quarta-feira, 30 de março de 2011

O Nada

E de repente o nada...

Olhar para um lado e para o outro e somente, nada!

Nenhum ruído, nenhuma luz, “não há mais luz no fim do túnel”.

Não tem amigos, mãe, pai, irmãos...

Só o desejo de ter o que não pode ter...

Não o ser o que não pode. É!

Aquele acorde ecoa no fundo da sua memória e te assusta.

O barco afunda, o cais está longe e o mar é cheio de tubarões.

Ninguém te quer ninguém te reconhece é simplesmente nada.

Vê transfigurar seu corpo, e seus últimos reflexos são inatos, sobrevivência!

Lembra de tudo... Mas olhe agora a sua condição miserável.

São os seus últimos segundos-horas de dor, tristeza, melancolia.

Descobre-se nesse momento o que realmente é/somos: NADA!

[Gilmar Castilho]

quinta-feira, 24 de março de 2011

Aversão as Avessas/ O Mal Estar

Esse preconceito intelectual é preconceituoso.
Todo o mundo tem/busca ou se implanta em um padrão.
Nada de tradicionalismos, barrismos, machismos, nada de "ismos".
A mulher tem que ser "A MULHER"!
E o homem também! Oh que delicado...
Pra mim só a cópula é o suficiente.
Mais isso é um "ismo", machISMO!
Queria não ver ninguém, não ouvir ninguém.
Mais... Alguém me liga e diz que quer me ver.
E eu digo que quero ficar só, que gosto da solidão.
Eita... Outro "ismo", egoISMO!
Na verdade gosto dos "ismos", e do pretérito histórico.
Na verdade tenho mal estar com as pessoas.
Tenho aversão a convenções que criam cópias.
Gosto do mundo em suas contradições, um mundo as avessas.

[Gilmar Castilho]

quinta-feira, 17 de março de 2011

Entre a cruz e o amor

Quando pequeno via em meus pais todo um espelho...
Psicologicamente eram meus super-hérois
Quando adolescente queria uma distância...
Hoje adulto ou semi... Tenho medo de os perder!
O eterno e certeiro curso do rio me assusta
Perdemos e ganhamos o tempo todo...
A perca nem sempre é justa, e as vezes irretornável.
O ruim de perder é as vezes não poder ter dito adeus
Não ter ouvido aquela música curtindo aquele pôr do sol
Olhar pra tudo e sentir certeiramente que falta algo...
Hoje depois de velho vejo a frustação de não ter dito o óbvio!
De não ter dito meus "Super-Hérios"...

sábado, 12 de março de 2011

Acasos

Parar, pensar, sonhar, cantar, amar...

Porque todos nos deixam, todos nos deixam todos os dias!

Parado no tempo a esmo...

Penso que nada dará certo, e que mecanicamente fui programado a vagar

Sonhei que tudo estava em completa desilusão e que tudo era marasmo

Cantando descobri que o movimento está vivo!

Amando a partir do “Eu” egoísta posso mudar toda e qualquer coisa “além-eu”

Palavras bonitas e de auto-ajuda soltas no dicionário...

Na verdade a única coisa permitida nesse lugar é sonhar...

Mais é proibido sonhar alto!


[Gilmar Castilho]

quinta-feira, 10 de março de 2011

Vida

Tó cansado dessa porra... dez horas de trabalho!

Vidinha do caralho... Falta comida!

Essa buceta de merda... República Federativa... Brasil!

Buceta, merda? Ahn? Estou ficando louco...

Tá foda, tá foda, tá foda... Meu aluguel atrasado!

É uma masturbação mental... Dizer que o país tá bem!

Esse cabrunco me consome... A fome!

É realmente uma porra... Viver assim!

Essa gota serena... Global!

Tá foda, tá foda, tá foda...

E todos te fodem...


[Gilmar Castilho]

Tópicos para formação do entendimento de alguém

- Compreensão: talvez este seja o ponto crucial em qualquer situação que transcenda o espaço individual, que permeie as relações interpesso...