domingo, 24 de outubro de 2010

Forças

Morri? Que cansaço é esse?

Membros e pensamentos não respondem

Desejo, olho... Isto é água?

Estou totalmente consumido

Busco comer a vida, mas ela parece me repulsar

Tapando com sua mão a minha boca faminta

Perco as forças e a resposta do corpo

Quero seguir! Recuso-me a parar!

Não quero te dizer adeus!

Quero te ver todos os dias

Cheirar as flores que brotam no jardim e no esgoto

Quero me deliciar dos momentos de prazer e desprazer

Porém, parece óbvio a imprevisibilidade previsível

Que não tem mais graça rir e sofrer, depressão? Não

Alguma doença psicogênica? Talvez

Mas assim que te ver... Abraçarei e darei mais um bom dia

Andarei com essas pernas arrancadas

Mesmo que rasteje sem estimulo

Recuso-me a parar!

Quando olhar para trás, perceberá o quanto cresci

Não quero morrer nas desilusões

Apenas passar as estações e não mudar o que já fiz.

Quero mesmo viver o eterno círculo do existir.

Um comentário:

Gilmar Sullevan disse...

É nobre colega o desejo da eterna roda do existir, é um desejo constante e compartilhado por muitos. A resposta do corpo é a fadiga, não só do corpo mais também da mente,as repetições, a dor, o desanimo, o cansaço... mais as vezes há um desejo quase morte que nos manda continuar.
Se cresceremos juntamente com as construções, é uma pergunta vaga(perdida no espaço),mais o desejo é viver de futuro, e olha-lo através de uma espelho e vermos a boa "safra" num eterno carrossel a girar.

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