
Se se pode ser gente, e tão demente contente
Como uma flor que desabrocha e morre no deserto,
Sem sentir a dor que é nascer e morrer de repente.
Assim o homem sorri quando é engolido por seus irmãos.
Finge não sentir dor, para ostentar ser forte.
No momento da morte chorarei, pois, não posso ser Teseu.
Ser forte é somente fingimento poético, quem sabe até estético.
Rir, chorar, apaixonar, prazer em sofrer é amor de tolos
Prefiro o sangue escorrendo na pia,
E comer um lindo e farto banquete de vísceras humanas,
Afinal nos banqueteamos de nós mesmos todos os dias!
Sentir a dor da faca abrindo minha barriga e eu mesmo tentado me costurar,
Sentir o medo através do reflexo dos olhos alheios.
Pois comerei do teu corpo, e me embriagarei no teu vinho,
Só pra te provar que todo o poder, resplandece sobre mim.
[Gilmar Sullevan]
2 comentários:
Pois é, o que se glorifica é apenas uma imagem que qualquer ser-humano enxerga através do seu ídolo, a imagem da fortaleza e superação da condição humana, não percebendo que por trás da imagem dos ídolos mora um espirito humano maquiador de emoções como outro qualquer...
Não quero tratar de Religião, especificamente.
Mas,
Os ídolos são apenas desdobrinhos...
Com certeza amigo, é sempre uma figura, longe da figura humana de frente, mais movida e cria-se vida através de um ser humano por tras. É sempre esse disdrobinho...
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