quarta-feira, 18 de maio de 2011

A hora de escrever

Sentar em algum lugar de pés descalços, coração a pulsar e poucas palavras

Um desespero interminável, o último pulsar, a primeira sílaba – ÚL -

Uma descarga de dor, alegria, empolgação, depressão, fezes

Não sei nem o que é um peixe, mais a tua irreverência me comove.

A menina que te deixou, a menina que você nem teve...

Tudo a acontecer no mesmo pulsar...


O último raio, a última flecha cravada ao peito, o último pulsar

O desejo que não realizou, o sonho que não sonhou, a música que não ouviu

Descritos na ponta da pena que transcreve meu pensar

Um pensamento preso as amarras do tempo do qual sou fluído

Um desespero interminável, o último pulsar, a segunda sílaba – TI -


O texto é sincero, inegável, sem amarras, sem fingimento poético

O texto é a dor abstrata se concretizando...

São verdades, crenças do Eu se materializando... Se transpondo.

São pessoas, animais, frutos, objetos, flores, tubérculos e raízes

Que ganham significado e significante com simbolismos diferentes.

Um desespero interminável, o último pulsar, é a última sílaba – MO.


[Gilmar Castilho]

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