segunda-feira, 29 de outubro de 2018

A Natureza da Verdade


Que é a verdade se não uma capa que cobre perguntas ainda não possíveis de serem respondidas acerca de nossa existência? Ela é o conforto que, durante os momentos de maiores picos de nosso raciocínio, assegura que estamos certos, nos dando uma sensação de segurança e tranquilidade.
Possuímos muitas verdades. Temos uma verdade para enxergar o mundo, para dizer o que são as coisas e os objetos ao nosso derredor e outras, ainda, para acusar a outrem de não ver a nossa própria verdade. Ora, se o que acreditamos é a verdade, o que é a visão alheia se não engodo para nós e para eles mesmos? É assim que a lógica da verdade se desenvolve. Ela se firma em um único ponto, devastando tudo e todos que não estão de acordo com ela.
Em um planeta caracterizado por incontáveis manifestações culturais, onde muitas delas ainda nem foram sequer estudas ou conhecidas, estabelecer verdades é quase que um assassinato em série de muitos sistemas sociais. O que pensar, então, se transpormos esta linha de raciocínio para as dimensões do Universo? Bilhões de planetas, milhões de galáxias e só uma verdade! A nossa! Aqui neste planeta, sozinhos com nossa verdade! Um verdadeiro enfado para nosso pequeno intelecto, salvo aqueles que estão abraçados com suas verdades e cobertos com o aconchegante manto da sua própria zona de conforto.
As nossas verdades foram desenvolvidas há muitos anos e são sustentadas nas bases fortes da opressão. Durante séculos muitas pessoas foram perseguidas, trancafiadas e mortas em nome da verdade. Esta verdade, feita para afugentar o intelecto humano, foi e é um dos maiores males já criados. Nos dias de hoje ela não mata em “espetáculos públicos”, como fazia em tempos pretéritos, mas crucifica a sanidade intelectual do indivíduo tornando-o um “oprimido-opressor”. Já dizia Aldous Huxley, que uma ditadura perfeita seria capaz de destruir nossa própria vontade de buscar a liberdade. E não é isso que faz a ditadura da verdade?
Os portadores da verdade, a quem Friedrich Nietzsche chamou de “Pregadores da Morte”, são o principais agentes de opressão. São indivíduos extremamente apegados a vida! Tão apegados as coisas mundanas que esperam viver, mesmo depois de morrer! Ora, quem espera andar em ruas de ouro nos planos espirituais, que segundo a Teologia é desprovido da matéria como a conhecemos de fato, nada mais demonstra que uma vida de apego as coisas terrenas, e é aí onde está sua própria verdade.
Dentro de um contexto de fracassos, catástrofes, guerras e epidemias de doenças, pela qual já passou a raça humana, Zygmunt Bauman orientou que temos de questionar todas as premissas ditas inquestionáveis. Mas tente questionar uma verdade e fará um inimigo! Eis o dilema da natureza da verdade que não permite diversidade e que a quer proibir e igualizar tudo, até a forma de pensar. A esta razão, que coíbe outras maneiras de pensar, o filósofo austríaco Paul Karl Feyerabend dispensa dando um breve e irônico “Adeus” por ser totalmente desnecessária.
Esse texto não é uma verdade e nem deve ser tomado com tal. O mundo e o universo precisam de versões, não de verdades. Não dessa verdade que mata e que oprime, que prende e seduz, pois “não há fatos eternos, como não há verdades absolutas” (Nietzsche).

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Um "Olá" para você...

          Meus caros leitores, permitam uma palavra de saudação a todos e todas que acompanham estas publicações e que conosco compartilham sentimentos de paz, saúde e longevidade. É uma alegria muito grande redigir essas palavras a vocês, uma vez que compartilhar pensamentos é, em si mesmo, um pequeno sinal da parca liberdade que ainda nos resta. Por isso estou aqui para somar e expor mais uma pequena concepção acerca das diversas coisas que permeiam nossas vidas. 
          Juntos nós vamos refletir, nos posicionar e até mesmo "viajar". Faz parte! Convido todos vocês a estarem conosco sempre que puderem, sem compromisso mesmo, para compartilhar as mais variadas formas ver e pensar o mundo. 

Tchau, tchau!!! 

Janison Correia.

Tópicos para formação do entendimento de alguém

- Compreensão: talvez este seja o ponto crucial em qualquer situação que transcenda o espaço individual, que permeie as relações interpesso...