quarta-feira, 30 de março de 2011

O Nada

E de repente o nada...

Olhar para um lado e para o outro e somente, nada!

Nenhum ruído, nenhuma luz, “não há mais luz no fim do túnel”.

Não tem amigos, mãe, pai, irmãos...

Só o desejo de ter o que não pode ter...

Não o ser o que não pode. É!

Aquele acorde ecoa no fundo da sua memória e te assusta.

O barco afunda, o cais está longe e o mar é cheio de tubarões.

Ninguém te quer ninguém te reconhece é simplesmente nada.

Vê transfigurar seu corpo, e seus últimos reflexos são inatos, sobrevivência!

Lembra de tudo... Mas olhe agora a sua condição miserável.

São os seus últimos segundos-horas de dor, tristeza, melancolia.

Descobre-se nesse momento o que realmente é/somos: NADA!

[Gilmar Castilho]

quinta-feira, 24 de março de 2011

Aversão as Avessas/ O Mal Estar

Esse preconceito intelectual é preconceituoso.
Todo o mundo tem/busca ou se implanta em um padrão.
Nada de tradicionalismos, barrismos, machismos, nada de "ismos".
A mulher tem que ser "A MULHER"!
E o homem também! Oh que delicado...
Pra mim só a cópula é o suficiente.
Mais isso é um "ismo", machISMO!
Queria não ver ninguém, não ouvir ninguém.
Mais... Alguém me liga e diz que quer me ver.
E eu digo que quero ficar só, que gosto da solidão.
Eita... Outro "ismo", egoISMO!
Na verdade gosto dos "ismos", e do pretérito histórico.
Na verdade tenho mal estar com as pessoas.
Tenho aversão a convenções que criam cópias.
Gosto do mundo em suas contradições, um mundo as avessas.

[Gilmar Castilho]

quinta-feira, 17 de março de 2011

Entre a cruz e o amor

Quando pequeno via em meus pais todo um espelho...
Psicologicamente eram meus super-hérois
Quando adolescente queria uma distância...
Hoje adulto ou semi... Tenho medo de os perder!
O eterno e certeiro curso do rio me assusta
Perdemos e ganhamos o tempo todo...
A perca nem sempre é justa, e as vezes irretornável.
O ruim de perder é as vezes não poder ter dito adeus
Não ter ouvido aquela música curtindo aquele pôr do sol
Olhar pra tudo e sentir certeiramente que falta algo...
Hoje depois de velho vejo a frustação de não ter dito o óbvio!
De não ter dito meus "Super-Hérios"...

sábado, 12 de março de 2011

Acasos

Parar, pensar, sonhar, cantar, amar...

Porque todos nos deixam, todos nos deixam todos os dias!

Parado no tempo a esmo...

Penso que nada dará certo, e que mecanicamente fui programado a vagar

Sonhei que tudo estava em completa desilusão e que tudo era marasmo

Cantando descobri que o movimento está vivo!

Amando a partir do “Eu” egoísta posso mudar toda e qualquer coisa “além-eu”

Palavras bonitas e de auto-ajuda soltas no dicionário...

Na verdade a única coisa permitida nesse lugar é sonhar...

Mais é proibido sonhar alto!


[Gilmar Castilho]

quinta-feira, 10 de março de 2011

Vida

Tó cansado dessa porra... dez horas de trabalho!

Vidinha do caralho... Falta comida!

Essa buceta de merda... República Federativa... Brasil!

Buceta, merda? Ahn? Estou ficando louco...

Tá foda, tá foda, tá foda... Meu aluguel atrasado!

É uma masturbação mental... Dizer que o país tá bem!

Esse cabrunco me consome... A fome!

É realmente uma porra... Viver assim!

Essa gota serena... Global!

Tá foda, tá foda, tá foda...

E todos te fodem...


[Gilmar Castilho]

quarta-feira, 9 de março de 2011

A náusea pessimista

Não acredito em um futuro bom. Não acredito que virá a liberdade, igualdade e fraternidade. Desde a revolução francesa são palavras sem alma e existência em escala global por mais que mudassem a história e a independência de outros países, o que vejo de mudança apenas aparente nas relações de poder e sua maquiagem de impressões de ordem política e econômica, se a hierarquia ainda existe, não tem liberdade, forçosamente a desigualdade virá, a frater... Fugiu! Dá-me náusea o liberalismo, cristianismo e socialismo e tudo que for ismo dito em prol da salvação do universo, transformaram o mundo, sim! Agora o antigo escravo pode se sentir melhor na prisão, no subemprego ou passando fome nas bolsas da exclusão em sua falsa liberdade. Vemos o fim da mata atlântica, logo será o da Amazônia. Vemos propagandas em defesa ao meio ambiente difundida pelas empresas na televisão enquanto poluem os rios.

Existe uma escravidão mascarada, prisão mascarada, destruição e exclusões debaixo do tapete. O Mundo está se auto consumindo, as desgraças que vemos constantemente nos jornais e nos livros são apenas sintomas do fim que nos aguarda em breve. Ainda neste século, a morte de ½ da população mundial chegará. Seja por falta de água, de comida, de acidentes naturais ou doenças conseqüentes a falta de qualidade dos recursos, ou a guerra, já que todo mundo tem bomba nuclear, não existirá 4ª guerra mundial tão cedo, Além da china que possui pouco mais que ¼ da população mundial, as grandes potencias e emergentes desejam possui o padrão norte americano, os recursos acabarão em breve. Ainda tem a mulher que sai da igreja e trata logo de maltratar a empregada dentro de casa, também o sindicalista que ordena sua esposa. Em frente aos outros, parece que tudo está simetricamente organizado. O homem joga a sujeira debaixo do tapete, essa sujeira sairá destruindo tudo o que construímos em breve, todo o conhecimento que a humanidade produziu será em vão e nosso lado bicho causará nossa morte antes da razão (outra palavra que não tenho bons olhos, admiro o louco que afirmou na platéia do simpósio de filosofia: “Se é que ela existe!”

E eu? Não posso fazer nada. Quem sou eu para mandar nas potencias econômicas? Quem sou eu para modificar todo sistema de comunicação e a ética contraditória se faço parte da contradição? Minha visão do homem é pessimista, não acredito que coisas boas virão, nem perderei o meu precioso tempo da minha breve existencia em vão... Tomarei uma água de coco bem gelada ao sol esperando o juízo final.

Palavras Surgidas

[Gilmar Lima]
Entre dores e martírios
E os meus sofrimentos tão sofridos
A lua enfervecia o meu desejo
E o sol adormecia minha paz
Enquanto esse trauma crescia
E a minha enfim se ia...
Acordei-me pela manhã
Em um sonho que eu jamais teria
Acordei feliz como uma criança
E o sorriso no meu rosto diminuía
Lembranças, solidão, desespero e desejos
Já faziam parte da minha vida.
Não sei se ainda estou vivo
Mas se estou esta vida é um tormento
Portanto nesse momento
Escrevo meu testamento
Pois é por você todo meu lamento.

terça-feira, 1 de março de 2011

Meu barco que cais

[Gilmar Lima]
Lá está amarrado no cais...
Balançando ao ritmo das mórbidas ondas.
O cais, ponto de repouso para um gigante destemido
Que navegou tanto por estes mares enfrentando ondas e tempestades.
Símbolo de paz e turbulência, ô gigante do mar, mares.
Foi meu fiel confidente, durante todo esse tempo
Mais a idade o deixa fraco, acachapado
Tentei dar-lhe todas as vidas.
Trago comigo a eterna lembrança dos dias que passamos juntos
Fizemos do mar nosso hotel, das águas nossa vida...
Triunfamos e perdemos, mas sempre juntos.
Amigos dos dias e das noites... Oh quantas noites enluaradas...
Um copo de vinho... E uma canção de marinheiro!
Lustrava-te todo o convés com o mais puro óleo.
E hoje vejo tudo que vivemos passando num djavu.
E agora depois da última viagem, despeço-me aos prantos
Pois meu barco afunda no cais.
Nunca fui ao mar! Nem sei se existe nem de qual lado está...
Isso é só uma mentira, assim como a vida
O barco sou eu amigo de mim mesmo.
O mar... O mar é a vida.
O cais o ponto final.

Tópicos para formação do entendimento de alguém

- Compreensão: talvez este seja o ponto crucial em qualquer situação que transcenda o espaço individual, que permeie as relações interpesso...