E de repente o nada...
Olhar para um lado e para o outro e somente, nada!
Nenhum ruído, nenhuma luz, “não há mais luz no fim do túnel”.
Não tem amigos, mãe, pai, irmãos...
Só o desejo de ter o que não pode ter...
Não o ser o que não pode. É!
Aquele acorde ecoa no fundo da sua memória e te assusta.
O barco afunda, o cais está longe e o mar é cheio de tubarões.
Ninguém te quer ninguém te reconhece é simplesmente nada.
Vê transfigurar seu corpo, e seus últimos reflexos são inatos, sobrevivência!
Lembra de tudo... Mas olhe agora a sua condição miserável.
São os seus últimos segundos-horas de dor, tristeza, melancolia.
Descobre-se nesse momento o que realmente é/somos: NADA!
[Gilmar Castilho]
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