É uma construção antiga, mofada
Tão espessa, rude demodé
Tão cheia de lembranças trágicas, mórbidas
Onde a mente não esquece e as palavras não descrevem
Como entender o incompreensível?
Se na mais completa lucidez se beira a loucura
No silêncio se fortalece a melancolia
Conforto só no dialogar da caneta e do papel
Que não se lembre, mas por que esquecer
Que mesmo trágica a estória
Há que revelar algum prazer!
Que no seu mais secular aparecer
E no mais dolorido coração bater
Há um traço azedo nesse doce querer
Amar, amor ensaguentado subjetivo
Que personifica o homem e mata o ser.
quarta-feira, 6 de maio de 2015
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