domingo, 4 de novembro de 2012

Entre o Tudo e o Nada


As vezes bate um arrepio na pseudo alma, uma tristeza infundamentada
Uma sensação de esquecido ou nunca lembrado! Os braços que o abraçavam
Passavam uma corrente estranhamente chamando de amor e afeto.
Ao mesmo tempo o gozo do momento era substituído pela ojeriza nauseante,
Que quanto mais junto mais sufocante o laço dessa forca que sufoca e não mata,
A minha crueldade é o extremo amor egoísta e masoquista que pratico diariamente.
Intercursos sexuais físicos rendem tanta dor de cabeça quanto o imaginário
Mais este rio tênue de prazer e desprazer me mostram como te quero e desquero mesmo sem querer.
Esquece-me por  favor, pois eu já me esqueci, só pensando em você sem você!


[GiCaL]

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Dor


O sonho desmoronou, não precisa fingir
Não tem porque, agradeço a gentileza 
Os seus desejos, não precisarão de consentimento
A sua força é mais forte.

Chegamos ao fim da linha, neste momento é só você
A realidade é o seu teatro, sua dor, sua vida 
Não há acasos aqui...
É o fim da linha!

É invenção sobre invenção
É tudo tão corriqueiro a correr
Seus instintos mudaram
E sua vida acabou
No fim da linha é só você
Não adianta correr, não há onde se esconder.

Você deprimido esperando a nau voltar
Mais ela se foi e naufragou
Você não está à deriva
Mais o balanço do mar te aflige
Tudo que sente é dor.


quinta-feira, 23 de agosto de 2012


O RELÓGIO

O relógio... ser frigido e implacável do tempo
Amigo de duas notas, que perambulam o eterno amanhecer
Conhecedor das horas, dias, anos, séculos da vida
Escravo e escravizador de si mesmo
Único conhecedor da história.

Seu ímpeto voraz, nada tímido, porém quieto na sua rotina
Vê friamente o alvorecer e o anoitecer da natureza e das vidas.
Não compreendo tão pouco barulho, com tanto trabalho
O existir sua missão incontestável, num eterno “tic tac”.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Aracaju no início do século XX uma cidade em movimento. Pros e contras.







SÃO CRISTÍVÃO – 2012
O processo de modernização no início do século XX na recém-criada capital do Estado acompanha os ideais de homens que tinham como parâmetros o estilo de vida europeu, de cidade planejada, de automóveis, impulsionados pelos ideais republicanos de “Ordem e Progresso”, a proibição da escravatura, a mudança no modo de produção de comercial para industrial.
A elite sergipana que necessitava de uma área portuária, influenciados pelo pensamento europeu de progresso, que servisse como centro administrativo, que fosse plana, não mais cheias de “altos e baixos” como a até então capital São Cristóvão, símbolo de atraso, veem este plano acontecer com o governo de Inácio Barbosa, quando em 1855 Aracaju é fundada, e é desenvolvido o “quadrado de Pirro”.
As influências para o desenvolvimento da cidade de Aracaju também partem da decadência, visto que com a crise da cana de açúcar no mercado mundial e que em contrapartida surge no sudeste à produção de café, produto de forte aceitação na Europa o que possibilitou a ascensão de uma aristocracia cafeeira ao mesmo tempo em que os senhores do açúcar e seus reinados ruíam. 
Essas mudanças no modo de produção de comercial para industrial impulsionavam a nova sede administrativa a tomar um novo rumo. Como? Com a crise do açúcar viu-se a partir daí a importância de também se industrializar, e é nesse período que surgem em Aracaju as primeiras indústrias têxteis, que tinham como fator impulsionador a primeira Grande Guerra de 1914 a 1918.

Com o desenvolvimento industrial  e de outras aréas e o aumento da massa de operários que girava em torno de 4.000, surgem também os descontentamentos com os sálarios baixos, com o desamparo legal, devido a falta de leis trabalhistas que ganham corpo no governo de Gétulio Vargas, e as extensivas jornadas de trabalho que duravam até 12 (doze) horas diárias. Gerando assim a primeira greve têxtil em 1921, dos ferroviários  em 1927 e em novembro de 1935 gráficos, padeiros, metalurgicos, pedreiros e estivadores cruzaram seus braços.
Impulsionado por este processo de modernização e desenvolvimento industrial na capital, enquanto outras regiões decaíam como no caso de Laranjeiras, começa-se a surgir novas oportunidades de emprego, Aracaju passa de sede administriva a também centro da indústria e do comércio.
O exodo rural começa a se intensificar do interior do Estado para a capital em busca de emprego e consequentemente na qualidade de vida, no entanto essa massa migrante, se tornavam uma grande massa ociosa, muios destes não conseguiam, nem eram acolhidos no quadrado de Pirro e acabavam por ficar a margem e a mercê da exploração das classes mais abastadas, construindo suas moradias nos morros, nos mangues e em outros lugares, o que dava a cidade um ar dubio de riqueza e pobreza.


Com esse crescimento o ideal de cidade moderna e desenvolvida fracassava pois de um lado uma cidade aos “moldes europeus” e do outro retirantes pobres, em lugares insalubres e sem nenhuma qualidade de vida. Com esses antagonismos aparecendo em um mesmo espaço surgem a necessidade de se planejar essas áreas suburbanas, de se criar espaços arborizados, ajardinados, calmos e bem dirigidos e o “Governo, higienistas, intelectuais e jornalistas” in Sousa, p. 151, começaram a desenvolver projetos de aterro sanitário, criação de ruas e avenidas padronizadas, ampliação dos códigos de conduta etc.
Surgem os bondes elétricos, os automóveis, a instalação de escolas de ofício, a integração das regiões suburbanas ao quadrado de Pirro, como o Aribé atual Siqueira Campos, o morro do Santo Antônio, o bairro Industrial etc. começa-se ai a demonstrar um real desenvolvimento na então capital do Estado.
O desenvolvimento do setor industrial, da ampliação do comércio, da vinda de pessoas do interior do Estado para a capital, a riqueza e a pobreza, o luxo das áreas planejadas e os paupérrimos do seu entorno, os bares, os cabarés, as festas, tudo isso dividido, mas que aos poucos criavam um espaço ímpar e cheio de controvérsias, onde crise e ascensão, caminhavam em prol do desenvolvimento e expansão de Aracaju Del Rei.










BIBLIOGRAFIA:

SOUSA, Antônio Lindvaldo. “Ave Branca que voa dos pântanos para o azul...”: as elites e o projeto modernizador de Aracaju nas décadas de 1910 a 1930. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe/ CESAD, 2010, pp. 114-124.
SOUSA, Antônio Lindvaldo. “Parte do outro da modernização...”: Aracaju e os homens pobres nas primeiras décadas do século XX. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe/ CESAD. 2010, pp. 148-157.
SOUSA, Antônio Lindvaldo. “Nas fimbras da ordem e do progresso: outras ‘vozes’ e ‘histórias de vidas’ diferentes dos agentes da modernização em Aracaju”. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe/CESAD. 2010, pp. 179-200

www.hacasoseacasos.blogspot.com – Acessado em 20/05/2012 às 21h37min.
http://www.mundoeducacao.com.br/historiadobrasil/economia-cafeeira.htm  - Acessado em 17/08/2012 as 7h35min.


http://primeiraguerra.wordpress.com/ Acessado em 7 de Junho de 2012 as 03:57.

Corrêa, Santos - Antônio Wanderley de Mello e Marcos Vinicius Melo dos – História de Sergipe.
ROMÃO, Frederico L. Na trama da História. O moviemento Operário
de Sergipe: 1

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Ibarê Dantas: História, Memória e Historiografia ( XIV Encontro Sergipano de História)



O XIV Encontro Sergipano de História realizado no período de 28/05 a 31/05 de 2012, organizado pelo Departamento de História da Universidade Federal de Sergipe, organizado pelo chefe de departamento o Prof. Dr. Lourival Santana Santos, Prof. Dr. Antônio Fernando de Araújo Sá e pelo Prof. Msc. Claudefranklin Monteiro Santos, com auxilio do PET, na representação primária dos alunos Andrey Augusto e Edvaldo Alves e outros monitores.
O encontro homenageou o pesquisador Ibarê Dantas, personagem que contribuiu para o enriquecimento da historiografia sergipana. Presente em todos os dias do evento em sua homenagem fez parte da mesa no primeiro dia junto com o até então Reitor da UFS, Josué Modesto, o Prof. Dr. Lourival Santana entre outros.
A conferencia de abertura foi proferida pelo Prof. Dr. Frederico Neves da Universidade Federal do Ceará. Que aborda sobre “A historiografia brasileira e o Nordeste”, fala sobre a necessidade de desconstruir certos conceitos aplicados como representação do Nordeste, a valorização da superioridade de São Paulo, e que o Nordeste não deve ser visto somente como um lugar de secas, desgraças e misérias, e sim como um “berço de culturas” (cita Gilberto Freire).
Ressalta importância do pastoreio como forma de disseminação da população aos lugares mais longínquos, dos homens do povo (jangadeiros, curandeiros, vaqueiros etc.), como a indústria da seca se aproveita disso e como a mídia serve para propagar essa “configuração conceitual de miséria e calamidade”, nas palavras do próprio professor.
No decorrer dos dias mini-cursos são desenvolvidos, palestras sobre as obras do pesquisador Ibarê Dantas, sobre a sua História Política, com os professores Msc. José Nascimento (DIREITO – UNIT), Dr. Samuel Barros (IHGSE) e a Drª Terezinha Oliva (IPHAN), coordenada pelo professor Dr. Fábio Maza (DHI – UFS). A noite mesa redonda com o Prof. Dr. José Cruz (UNIT – SE) e o Prof. Dr. Francisco Alves (DHI – UFS), com o tema Ibarê Dantas e a História da República de Sergipe.
Abordando o foco, inspiração teórica, conceitos chaves, fontes utilizadas para a produção da obra, sobre o estilo simples e literário, direto e simples. Tendo atraído muito a atenção do ouvintes os comentários do Prof. Dr. Francisco Alves, que lançou criticas e elogios a obra, e foi ovacionado pelos alunos.
No terceiro dia tivemos a sessão de comunicações com a apresentação de trabalho de colegas de curso como os Graduandos em História, Eduardo dos Anjos, Marlíbia Raquel, da Priscila, do Rafael e do Prof. Dr. Eduardo Pina.
A noite tivemos mesa redonda com o Prof. Dr. Fernando Sá, (DHI – UFS), o Dr. Antônio Lindvaldo (DHI – UFS), coordenado pela Prof. Drª Edna Matos (DHI – UFS). Onde o professor Fernando Sá fala sobre sua amizade, e a relevância da sua obra e que ao se escrever história acabamos “embriagados” pela tradição vigente. Logo a seguir o professor Antônio Lindvaldo fala sobre a importância do trabalho de Ibarê Dantas para a confecção de monografias e sobre sua experiência com os primeiros contatos com a obra do homenageado.
No último dia tivemos o privilegio de ouvir o próprio Ibarê Dantas que com um humor fantástico animou os ânimos dos ouvintes, e comentou sobre suas obras. Agradeceu pelo presente de ser homenageado, e enfatiza a necessidade de se continuar a pesquisar sobre a história de Sergipe.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

O CASO SOROCABA / ARACAJU: O PROCESSO MODERNIZADOR


O plano positivista de ordem e progresso vai aguçar e incentivar muitos sonhadores a desenvolver projetos de modernização. O caso de Sorocaba, abordado no texto de Arnaldo Pinto Júnior, servirá como exemplo do que aconteceu em Aracaju, de como a classe abastada via o processo modernizador e qual a expectativa para Aracaju.
A valorização das produções europeias reinava nos ideais dos mais diversos meios sociais. “A cidade abriu suas portas para a modernidade entrar e se instalar.” (Júnior 2001, p. 38). As ideias de progresso dos idealizadores de realizar um plano modernizador em Sorocaba e em Aracaju tinham como objetivo de negar seu passado visto como “decadente”, de atraso e criar um futuro promissor, com novas perspectivas.
A elite sergipana que necessitava de uma área portuária, influenciados pelo pensamento europeu de progresso, que servisse como centro administrativo, que fosse plana, não mais cheias de “altos e baixos” como a até então capital São Cristóvão, símbolo de atraso, veem este plano acontecer com o governo de Inácio Barbosa, quando em 1855 Aracaju é fundada, e é desenvolvido o “quadrado de Pirro”.
Com o desenvolvimento das cidades (Sorocaba/Aracaju), essa ideia de progresso voltada para o futuro, de se construir um futuro melhor, acaba reforçando a segregação, este “rumo acertado”, ao mesmo tempo em que se desenvolve áreas extremamente organizadas, com saneamento, energia elétrica, transporte, surge a margem deste progresso, a precariedade, pessoas que eram lançados cada vez mais para áreas longínquas fora da área planejada. “Estabelecer um certo conceito de beleza para a cidade, impondo mais rigor nas construções das casas. Ruas tortas, casas de palha e taipa, calçamentos irregulares, inquietavam os apologistas de um futuro melhor para a cidade.” (Apud SANTOS, 2007:114-115).
Embora os processos modernizadores se deem de formas diferentes na cidade de Sorocaba e Aracaju, uma passava por um processo de readaptação, de modernização de algo já concreto, outra tinha que enfrentar a dificuldade de criar uma cidade, transformar uma vila em cidade, drenar pântanos e realizar terraplanagem, enfrentar mosquitos e doenças, se construir uma cidade moderna e planejada.
No entanto este processo modernizador vem de fato acontecer em Aracaju nas primeiras décadas do século XX, a primeira grande guerra fortalece o setor industrial, a criação de escolas de ofício garantem a formação de mão-de-obra qualificada, construções de áreas “arborizada, ajardinada, calma e bem dirigida.”

Como ave branca que voa dos pântanos para o azul, Aracaju - a
cidade inviável - a envolver dentro de água estagna¬da, da terra
inundada, desvencilhou-se rápida das faixas das primeiras idades
para aparecer radiosa fl or do progresso, bela na retidão de suas
ruas, nos exp1endores de seus panoramas...
(O Estado de Sergipe, 17.03.1918)




Bibliografia:

JUNIOR, Arnaldo Pinto. As potencialidades da história local para a produção de conhecimento em sala de aula: o enfoque do município de Sorocaba. In: História: Área do conhecimento. Ano 1, nº 3, 2001, pp. 37 -40.
SOUSA, Antônio Lindvaldo. “Ave Branca que voa dos pântanos para o azul...”: as elites e o projeto modernizador de Aracaju nas décadas de 1910 a 1930. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe/ CESAD, 2010, pp. 114-124.
SOUSA, Antônio Lindvaldo. “Parte do outro da modernização...”: Aracaju e os homens pobres nas primeiras décadas do século XX. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe/ CESAD. 2010, pp. 148-157.
SOUSA, Antônio Lindvaldo. “Nas fimbras da ordem e do progresso: outras ‘vozes’ e ‘histórias de vidas’ diferentes dos agentes da modernização em Aracaju”. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe/CESAD. 2010, pp. 179-200

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Trepórios Públicos

Não entendo a lógica do plano de governo, nem os objetivos para se fazer um país melhor, reduzindo a fome, a desigualdade social, o número dos moradores de ruas, uma execução eficaz na reforma agrária... Acho tudo isso a maior besteira, as pessoas não estão nem ai para tais problemas, nem os próprios legisladores! Somos o país do carnaval, das mais belas praias, da bolsa família, da bolsa gás, do auxílio moradia, do fome zero, somos a sexta economia do mundo.

Para que melhorar educação se todas essas bolsas já garantem as nossas necessidades, somos felizes, afinal assistimos ‘TV Globo’, e não adianta estudar, pois educação é poder, e não é bom dá poder as pessoas, e é também uma preocupação do Estado para que as pessoas não sofram com tanto conhecimento. Só que no nosso país nenhum legislador pensou ainda em criar algo tão importante e tão revolucionário como os “Trepórios Públicos”, em um país em que tudo é festa, que se dão tantas bolsas inclusive as de mercadinho, que tem carnaval, e que todos vivem com uma tamanha qualidade de vida, o que está faltando para que o nosso país seja realmente o ‘Jardim do Éden’ é só a instalação de Trepórios Públicos em todas as cidades, bairros, povoados, tribos.

Não tem como ser feliz se o nosso governo público não se preocupa com a qualidade das trepadas dos nossos cidadãos brasileiros. É inadmissível que ainda tenhamos que trepar nos carros, nas florestas, casas abandonadas, atrás de prédios públicos e muros, ou em motéis caríssimos que vivem a explorar seus usuários, os usuários dos Trepórios receberiam uma certa quantidade de “Vale Trepório” podendo ser dobrado essa quantidade caso comprovada a real necessidade, e toda essa comodidade seria garantida por administração pública eficaz e fiscalizado pelos órgãos competentes regularmente, para que se mantenha a qualidade dos estabelecimentos.

“Trepórios Públicos já! Pra frente Brasil, rumo à suprema qualidade de vida.”

Tópicos para formação do entendimento de alguém

- Compreensão: talvez este seja o ponto crucial em qualquer situação que transcenda o espaço individual, que permeie as relações interpesso...