quarta-feira, 2 de junho de 2010

O ser e o infinito

O que sente e finge crente
Aquilo que percebe e não acredita
Ama da mais absurda à sublime escolha
Da sua trágica fraqueza oculta
E a trai com a própria vontade
Reconhece a pequenez
E os inimigos com a sua leve sinceridade
O que não se surpreende
Que leva tudo ao eterno ser
E ignora o “ter-de-ser”,
A razão, o imaginário, os valores, o belo,
O fútil, o virtuoso, o bem, o mal,
A regra, a poesia dita bela,
A cosmologia simbólica e a moral
Possui a liberdade de não querer,
Não se arrepender, não ganhar, de buscar,
Vencer, perder, superar,
Se espremer e gritar
Rir da miséria da alma
Abraça e espanca o eidos da existência,
O espírito liberto
Rompe os juízos de valores
Que nos caracterizam meus senhores
Levando-o ao infinito dos próprios atos
Com o qual está no mesmo universo eterno a girar no existir!

(Miguel)

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