Mostra-me tua verdadeira face
Tão diferente desse seu teatro no rosto,
Assim como aparecem essas tuas unhas sujas.
Faz o coração bater como na fotografia...
Não vá pra perto da cidade!
Ficar perto pode ser estar preso num labirinto.
Sujo, faminto, embriagado de dor.
Morfologicamente metarmafoseando-me...
De ser forte, torna-me-a um ser de osso e pele
Antropofágico do eu.
Chuvas de granizo ferem-me a pele e os ossos que me restam.
Mais a dor, abstrata, torna-me cada vez mais pensante.
Vejo luzes de fugacidade, elefantes e outros animais,
De pelúcia, pano ou espuma que reluzem aos meus olhos.
Distante do lar, distante dali e de lá,
Mais próximo de mim...
[Gilmar Sullevan]
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