sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Antropofágico do Eu

Mostra-me tua verdadeira face

Tão diferente desse seu teatro no rosto,

Assim como aparecem essas tuas unhas sujas.

Faz o coração bater como na fotografia...

Não vá pra perto da cidade!

Ficar perto pode ser estar preso num labirinto.

Sujo, faminto, embriagado de dor.

Morfologicamente metarmafoseando-me...

De ser forte, torna-me-a um ser de osso e pele

Antropofágico do eu.

Chuvas de granizo ferem-me a pele e os ossos que me restam.

Mais a dor, abstrata, torna-me cada vez mais pensante.

Vejo luzes de fugacidade, elefantes e outros animais,

De pelúcia, pano ou espuma que reluzem aos meus olhos.

Distante do lar, distante dali e de lá,

Mais próximo de mim...

[Gilmar Sullevan]

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