quinta-feira, 28 de abril de 2011

O estar só

Diga-me em que ano estamos... O mundo ainda não acabou?

Cansado de acordar e viver o eterno 'repeat' geracional

Querendo estar só... Mais cheio de tudo e todos!

O mundo que gira e a girar meu mundo pira.

Meninas e meninos frustrados, eis o futuro da nação lascada.

Meu desejo é capital futuro e egoísta.

Olhar para os lados e as desilusões em outdoor

E as paixões em todos mortas e robotizadas.

Meu lixo humano, my trash life!

Em inglês, espanhol, grego todo o nada se repete.

E só fico a pairar numa nave que não pode pousar.

Putrefação, zumbis e máquinas a se movimentar.

Não existe coletivo, só o todo só.

E só fico a pensar que só, sou somente nada.

E o todo fica só a desejar o que não há.

Somos máquinas repetitivas e ultramodernas

Desempenhando funções que a natureza por si é incapaz.

Eis a função da solidão... Ctrl, shift, delete e enter.



[Gilmar Castilho]

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