Muito complexo entender os fatores que
elevam o indivíduo ao ‘status’ de bem sucedido ou de um
fracassado. Quando falo em “bem”, tento materializar a palavra,
ou simplesmente ‘coisificar’, sendo este algo de fácil
compreensão, visto que fazemos isto o tempo todo, com tudo.

Começando pela última e talvez a que
mais causa mazelas sociais. O fator econômico é muitas vezes o que
mais provoca sensações, emoções e as vezes uma certa
esquizofrenia. Na contemporaneidade é de fácil percepção a
relação que fazemos de alguém como bem sucedido ou não. Na
maioria da vezes é analisado simplesmente o ‘status’ econômico.
Pior do que a analise externa é a
analise interna, aquela que fazemos de nós mesmos, principalmente
quando o cenário se apresenta negativo. Quando não conseguímos
desenvolver nossas aptidões baseadas nesse senso. Nos frustramos e
desenvolvemos doenças como a depressão, angústia, o suicídio,
sensação de fracasso.
É importante entender que a ideia de
mercado (capitalismo) que temos passa despercebido pela maioria do
povo, que não entendemos que este modelo econômico não trabalha
com igualdades e sim o contrário, extremas desigualdades. O
marketing, tido como lema e imposto pela maioria e até os
desafortunados (alienados) é que “quem quer consegue”, esta
talvez seja a maior ilusão de todas. Com isso surge uma
competividade dantesca entre os pares e as mazelas quando como
resultado nos deparamos com a sua face real, a negação, a não
efetivação do Estado do Bem Estar Social.
Ser bem sucedido talvez seja um estado
de espírito, um conhecimento profundo acerca das suas
capacidades, do seu potencial. Vivemos como padrões, tipo uma
construção pré moldada, e a redenção, esta dada ainda no plano
da vida humana (humano demasiado humano), surge quando temos a
oportunidade de refletir sobre aquilo que realmente importa,
individualmente. Talvez e de fato o é, a etapa mais difícil é
despir-se de todo esse concreto e aço que as convenções sócias
nos moldam.
Vivemos num mundo onde se ampliam cada
vez mais o número de “alternativos”, de comunidades
alternativas, de pessoas que se negam ao uso do dinheiro, que
produzem o que precisam ao invés de comprar o que não precisam. Não
que esta seja a saída, a verdade arrebatadora, mas uma possibilidade
dentre as tantas.
Tento individualizar a possibilidade,
visto que, a visão de mundo, a lente que usamos para enxergar o
nosso cosmos, a cosmovisão, é única, mas deve ser essa sua guia e não os padrões impostos pela socidade, pelo mercado. Sua
felicidade é o seu estado de espírito e ser bem sucedido talvez
seja só uma questão de opinião.
Nenhum comentário:
Postar um comentário