A face é tão móvel e tão falsa.
Falar e sorrir pode-se fingir ser verdadeiro,
Quando somente se é encenação.
Negar, aceitar, fingir, ação, reação!
De tão belas as faces em movimento,
De tão tola a percepção.
Brincar, cair, chorar, ação imediata, inconsciente?
Pensar, ser atriz, falsear de forma quase imperceptível.
E construir ao mesmo tempo em que se destrói o invento.
Enquanto isso... Esvaem-se no ar minhas paixões!
Impossível ver, tocar, sentir o vermelho fosco, tosco!
Que borbulha em um caldeirão de idéias caducas, malucas?
Logo, pensar, armar, chorar, matar, falar, pode-se ser meus eus!
Mais ai penso, armo, choro, mato, “falo”, e finjo...
Não sou meus eus, pois são seus eus, que fazem sentir-me assim.
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